Somos como o mar
– e vamos sobrevivendo bem perto da superfície, onde tudo acerca do que somos é
claro como as águas que as marés não conseguem fustigar. Mas o olhar atento que
perscruta um pouco mais além (ou em profundidade) revela-nos o intangível do
espaço em que o invisível existe dentro do nosso ser.
E então
recordo-me das tuas palavras “nem nas minhas mãos eu confio” – porque delas é
seu mestre a escuridão que em boa verdade somos. Talvez nunca sejamos menos que
essa escuridão e todas as outras adições de que nos disfarçamos sejam apenas
fantasia ou esperança de luz.
Mas sem esses
vestidos, serás sempre um estranho à curiosa dança que a tua escuridão condena.
João Rui
The
darkness that accompanies us [27.04.2012 Bremen - Germany] We are like the sea - and we survive well near the surface, where
everything is about what we are is clear as the water that tides cannot harass.
But the watchful eye, peering a little further (or in depth) reveals the
intangible space where the invisible exists within our being. And then I
remember your words “Even in my hands I do not trust" – for in truth, their
master, is the darkness that we really are. Maybe we are never less than this
darkness, and all other additions are just fantasy in disguise or hope of
light. But without these dresses, you will always be a stranger to the odd
dance that your darkness condemns. João
Rui
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