Acontece que amanhece tarde de mais e a noite não chega nem para os olás nem para os adeus. A música quer à força sair destas paredes. A batida, ora da chuva ora das baterias, conduz uma marcha muito antiga, muito mais cheia. Preencho os espaços do silêncio com os pequenos frames da paisagem: o cão que diz que é casa, a mobília que convida a habituar e os resquícios de uma era de devoção ao outro, em que abdicávamos das condutas das nossas vidas. A quem darão eles esse papel agora? Quem serão os senhores que povoam estas músicas? E o Manel, o José, o Jerónimo de que falamos, deslizam pela mata, roubando cabeças, destronando estátuas, construindo altares. Há espaços como este em que cada plataforma é uma casa, um potencial convite à verdade; venha uma lágrima, um choro, uma reza, o que seja que aqui venha quando chegar não se vai aperceber que entrou
It turns out that the dawning comes too late and the night is nowhere enough for hellos or goodbyes. Fiercely, the music wants to leave these walls. The beat, whether from the drums or from the rain, leads an ancient march, one much busier. I fill the silent spaces with small frames the landscape: the dog who says it’s home, the furniture that invites you to inhabit and the remnants of an age of devotion to another, where we would abdicate the conduct of our lives. To whom will they hand in that role now? Who are the gentlemen who populate these songs? And Manel, José and Jerónimo of whom we speak now, they slide through the forest, stealing heads, dethroning statues, building altars. There are spaces like this where each platform is a house, a potential invitation to the truth; come a tear, a cry, a prayer, whatever it is that arrives when it gets heres will not realize it has just entered.
Sofia