Por onde começar? Talvez na continuação dos compêndios dos manuais de iniciação anotados:
Suíça: Quando em auto-estrada não há portagens mas sim um selo que se pode adquirir por 40 Francos, válido para nela circular o ano inteiro. Sim, não há portagens, é “à confiança”, que é a expressão que aqui mais se houve “à confiança”. Pois bem, mas se por acaso descobrirem este facto do selo apenas a 20 minutos de saírem do país (através da auto-estrada) aqui fica o nosso aviso: não ultrapassem o carro da polícia à confiança, porque ele poderá ultrapassar o vosso, olhar para trás e quiçá indagar do paradeiro do selo. A multa é de 180 Francos. No entanto, se por um mero acaso, no decorrer da animada conversa com as forças da autoridade eles indagarem o que fazem no país e vocês tiverem na vossa posse uma agenda da Fnac com a vossa fotografia, poderão obter um sorriso e pagar apenas o referido preço do selo (assim sendo, acautelem-se viajantes).
Alemanha: se na Suíça a ultrapassagem das viaturas vos trará dignas tertúlias, na Alemanha o caso não é diverso: claro que aqui vos aconselhamos a uma higiene cuidada, pois vos garantimos que vos irão revistar tudo: desde os bolsos das calças à caixa da guitarra e culminando com os simpáticos senhores a cheirar (sim a cheirar tal aprendiz de perfumista) as vossas carteiras – “não senhor guarda, não temos haxixe nem nada que pareça”. Que diabo de ideia assumir que todos os músicos trazem droga no carro. Mas bem, quando o Sherlock e o Watson decifrarem que vocês serão porventura músicos de coro, arrepiam caminho com um sorriso.
Nota importante em solo Alemão: se viajarem comigo ao volante, pelo amor de Deus, entrem no carro de imediato ou vão-me avisando constantemente que ainda não fecharam a porta do carro pois eu vos prometo que vos passo com uma roda em cima dos pés! Se no entanto decidirem não o fazer, não se preocupem pois assim que chegarmos a França Deus acerta contas comigo através da dádiva da constipação (não se preocupem que o Marco já está plenamente recuperado – eu não sei se era o pé do Rock ou o do Roll, mas em todo o caso, os dois queriam andar mais devagar. Há que ir mais devagar para apreciar a paisagem. Bem visto).
Por ora termina aqui a rubrica da iniciação – continuo assim que formos interpelados pelos Gendarmes (já só faltam estes).
Fribourg – Lausanne – Filipe – Montreux - Filipe – Basel – Mulhouse – Baden Baden – Lyon.
Nestes 1000Km houve tempo para reencontrar o Filipe, que para quem apenas agora nos conhece não sabe que entre 1999 e 2005 foram dele os braços que desferiam os golpes certeiros na nossa secção rítmica. O tempo passa depressa, mas não tão impiedoso que nos roube o Filipe, aqui à aventura numa montanha que me prometeu nevada… Burlão! Duas mãos cheias de neve e nada mais… que miséria… ladrão!
(fazes falta lobo perdido)
Joao Rui
Between borders (coltellino svizzero) - 1000km + 4 Cops + 3 countries scramble + 1 trampling + 1 friend + 1 cold = 2 days of road. Where to start? Perhaps the continuation of the initiation textbook manuals with notes: Switzerland: When in the highway, there are not toll booths, instead there’s a stamp that you can buy for 40 francs that is good for the whole year. Yes, there are no tolls; it is "the trust", which is the expression that you’ll hear the most here "trust". Well, but if by chance you only find out about this stamp about 20 minutes before leaving the country (via the highway) here's our advice: do not outrun the police car with trust, for it can overrun your own and perhaps ask for the whereabouts of the stamp. The fine is of 180 francs. However, if by chance, during the conversation with the forces of authority they inquire what you are doing there and you’re lucky enough to have in your possession an agenda of FNAC with your picture, you just might get a smile out of them and pay just the cost of the stamp (thus, be aware travelers). Germany: in Switzerland outrunning the police cars will bring you worthy gatherings and in Germany the case is not different: of course here we advise you to a good hygiene because we guarantee that they will search everything, from the pockets of the pants to your guitar and culminating with those very nice gentlemen smelling (yes smelling, as a perfumes apprentice) your wallets - "No officer, we do not have hash or anything resembling that". What kind of idea to assume that all the musicians bring drugs in the car. Oh well, when Sherlock and Watson unravel that you are probably choir musicians they’ll go way with a smile. Important Note on German soil: if you travel with me behind the wheel, for heaven's sake, get inside the car right away or at least keep telling me constantly that you have not closed the door of the car, because I promise you that I’ll pass with one wheel over your feet! If however you decide not to do so, do not worry about it for as soon as we get to France, God will put the bill straight with me with the gift of a cold (don’t worry, Marco is now fully recovered - I do not know if it was the foot of the Rock or the one of the Roll, but anyway they both wanted to move slower. We must slow down to enjoy the scenery. Good point). For the time being, here ends the section of the tutorial – we’ll get back to this after being challenged by the Gendarmes (they are the only ones missing). Geneva - Lausanne - Filipe - Montreux - Filipe - Basel - Mulhouse - Baden Baden - Lyon. In the 1000Km there was time to get to Filipe, who, for those who’ve known us just recently, between 1999 and 2005 his arms were the ones that struck the blows in our rhythm section. Time passes quickly, but not so ruthless as to rob us Filipe, here on a mountain in an adventure where he promised snow ... Scammer! Two handfuls of snow and nothing more…what a misery…thief! (You’re missed lost wolf) Joao Rui