Enquanto vamos (des)aprendendo o Italiano, renovamos o cardápio de expressões francesas. E sim, está frio. Bastante. Mas não tanto como costume. De acordo com os nativos aqui de Mulhouse, chegam a estar 15º negativos. Não tendo eu ainda travado conhecimento com tais temperaturas, adivinho que seja fresquinho. Mas adiante já que julgo ser pertinente deixar um aviso ao viajante incauto que se aventure em estadias em hotéis franceses (ou em qualquer hotel, para esse efeito). Então, aviso #1: se uma rapariga vier pedir lume à uma da manhã ao quarto, desaconselho em absoluto o empréstimo de isqueiros e muito menos um Zippo, por muito que ela vos diga que o devolve em 5 minutos.
- Pausa de texto –
Dinâmica de grupo em tour:
Marco entrega o Zippo, eu espero que a porta feche e ao aperceber-me qual era o isqueiro digo “nunca mais o vamos ver”. O Jorri fica consternado mas ausenta-se da mesa de opiniões. Eu repito “nunca mais” ao que o Marco afirma que eu não devo ser negativista de modo a evitarmos más vibrações. Isto porque a minha herança materna me diz que por muita omnipresença de Deus, o Diabo anda sempre a rondar – portanto volto a investir na ideia do não retorno e o Marco volta a insistir na atracção de ideias negativas, ao que o Jorri decide a contenda ao fim de 30 minutos com a expressão “não quero ser negativo, mas dado o tempo que já passou… é estranho. Então, se um é o positivo e outro o negativo, sou eu que desempato a atracção de vibrações?”
- Saída da Pausa de texto –
Isto porque cinco minutos se podem tornar rapidamente em dez horas – é aceitável, mas não é pontual. Portanto, acautelem-se com um triângulo das Bermudas das vibrações como o nosso, onde entre o bem que o Marco anseia e o mal para o qual eu me vou preparando, há um terceiro ângulo da espera do Jorri, de olhos fixos na balança da sorte e do azar.
Sim, o Zippo voltou a casa, mas não sem uma troca estranhíssima de palavras do Marco com a rapariga, digno do imaginário Kafkiano.
(A mala? Qual mala? A do porão? … ah, sim, bem, amanhã logo se vê)
- Pausa de texto –
Dinâmica de grupo em tour:
Marco entrega o Zippo, eu espero que a porta feche e ao aperceber-me qual era o isqueiro digo “nunca mais o vamos ver”. O Jorri fica consternado mas ausenta-se da mesa de opiniões. Eu repito “nunca mais” ao que o Marco afirma que eu não devo ser negativista de modo a evitarmos más vibrações. Isto porque a minha herança materna me diz que por muita omnipresença de Deus, o Diabo anda sempre a rondar – portanto volto a investir na ideia do não retorno e o Marco volta a insistir na atracção de ideias negativas, ao que o Jorri decide a contenda ao fim de 30 minutos com a expressão “não quero ser negativo, mas dado o tempo que já passou… é estranho. Então, se um é o positivo e outro o negativo, sou eu que desempato a atracção de vibrações?”
- Saída da Pausa de texto –
Isto porque cinco minutos se podem tornar rapidamente em dez horas – é aceitável, mas não é pontual. Portanto, acautelem-se com um triângulo das Bermudas das vibrações como o nosso, onde entre o bem que o Marco anseia e o mal para o qual eu me vou preparando, há um terceiro ângulo da espera do Jorri, de olhos fixos na balança da sorte e do azar.
Sim, o Zippo voltou a casa, mas não sem uma troca estranhíssima de palavras do Marco com a rapariga, digno do imaginário Kafkiano.
(A mala? Qual mala? A do porão? … ah, sim, bem, amanhã logo se vê)
Joao Rui