março 22, 2010

Rios de Chocolate

Há que deixar a poeira cair ao chão antes de recomeçar. Recomecemos. É hora de ir abraçar as ruas de Bruxelles onde cada porta é para uma rua ladeada por um sem fim de casas dedicadas inteiramente ao chocolate. Galinhas de 8Kg de chocolate e o habitual e carismático petiz desnudo em actividades menos próprias (pode parecer uma maneira relativamente imbecil de conquistar a imortalidade mas existindo registo de patente, os netos das mesmas inclinações menos próprias estar-lhe-ão certamente gratos. Bravo pequeno!)
Então, seguimos para a rue du Midi onde dois amigos recentes, o Jonathan e o Chris (que ao que parece chegou a fazer parte da banda que agora dá pelo nome de dEUS) estiveram a dar um concerto em registo de banda sonora para o filme “a sombra do vampiro”. Brilhante!
De seguida, a Grand Place onde a cada esquina espreitam ruas que transbordam de pessoas que aqui afluem para ver as paredes ornamentadas de ouro. Mas não nos quedamos por aqui – vamos em frente através de um túnel iluminado pelas luzes brilhantes de uma centena de restaurantes que esperam até hora tardia o último apetite dos turistas – longo túnel que percorremos não sei bem durante quanto tempo até um beco onde me parece que há um bar que detêm o record do Guiness de variedade de cervejas (genial) – e quase em frente a este bar (daí a descrição para o turista incauto), caso o queiram visitar, encontrámos o petiz desnudo. Shame on you young man! Mas tragam uma lupa, telescópio, microscópio ou qualquer outra arma de visão da vossa escolha, porque a estátua é pouco maior que a minha mão.
No regresso a casa, por uma das travessas da praça, encontrei o meu El Dorado: uma casa inteiramente dedicada à venda, troca, empréstimo, penhor, escultura, artesanato, tricôt e tudo o mais que se possa imaginar de MEL! De acordo com a tabuleta aberta deste 1882, o que também me é uma data quase querida, mas para tão grande infelicidade minha, fechada há umas boas horas… triste ironia do destino… então resta-nos continuar a caminhada por entre as fontes e cascatas de chocolate. Cortámos as amarras do bote e seguimos com o barqueiro pelos rios de chocolate à procura do lobo nas ruas de Bruxelles.

Nota: aviso já que não levo chocolate para quem quer que seja! (E sim, o chocolate belga é magnifique!)
Joao Rui

Rivers of chocolate - We need to let the dust fall to the ground before resuming. Let’s start again. Time to hug the streets of Brussels where each door is for a street flanked by an endless row of houses devoted entirely to chocolate. Chickens with 8kg of chocolate and the usual charismatic small naked boy in less than appropriate activities (it may seem relatively imbecile to conquer immortality like this, but if there is patent registration, the grandchildren of the same inclinations themselves will be certainly grateful. Bravo little boy! ) So we proceeded to the Rue du Midi where two newfound friends, Jonathan and Chris (who apparently came to be part of the band who now goes by the name of dEUS) were to give a concert against the movie "Shadow of the Vampire" Brilliant! On returning home, one of the lanes of the plaza, I found my El Dorado: a house devoted entirely to the sale, exchange, loan, pledge, sculpture, crafts, knitting and everything else imaginable of HONEY! According to this tablet it was opened in 1882, which also is a date near a darling of mine, but for my great unhappiness, closed for the night ... sad irony of fate ... so we can only continue to walk among the fountains and cascades of chocolate. We cut the moorings of the boat and sail with the boatman on the rivers of chocolate, looking for the wolf in the streets of Brussels. Note: I’m already warning that I will not take chocolate to anyone! (And yes, Belgian chocolate is magnifique!) Joao Rui