Foi num dia de lua cheia que insistia em não deixar chegar o Inverno… Começámos com o João a mostrar os pés pela cozinha e a Susana a exibir uma dose ultra nutriente de bom humor matinal. Sabíamos que era chegada a altura de abdicar das chaves da casa em que nos partilhámos nos últimos dias. Relativo e relativizado este peso, preparei-me para uma jornada pautada pelas fotografias que fui deixando escapar.
A luz foi nos trocando as voltas… a luz??? Terá sido ela? Facto é que, quais diligências do diabo, dei por mim no silêncio de uma sala gélida e do outro lado da câmara – Ai Jack!!! Volta para mim que se está mal aqui…
As horas todas cruzadas: O João, exorcizado, liberta-se do amigo e incorpora o Kazoo; a Susana materializa a música e põe o violino a arder; o Jorri, de mãos nas teclas, mangas curtas, insiste em combater o Inverno que lhe chegou; o Miro que volta a saltar para o outro lado da sala e deixa a plateia a rir; a Daniela que apanha o mesmo comboio, passa para o outro lado da janela e se junta ao trio a fazer estalidos; e a Ni… que empresta, mais uma vez, o coração.
Mais uma viagem pela frente e a especialíssima sensação de que nas paredes daquela casa não deixámos nada senão Segredos e que os frutos dessa sabedoria se colherão, a qualquer dia, numa qualquer outra mesa de cozinha.
Obrigada!
Nota: Como vegetariana que sou, não partilho deste anseio de ver o coelho cair na panela. Contudo, adoro refogados, e julgo que, tão cedo, não voltarei a saborear o prazer de ver tantos tubérculos juntos a perder a casca.
A luz foi nos trocando as voltas… a luz??? Terá sido ela? Facto é que, quais diligências do diabo, dei por mim no silêncio de uma sala gélida e do outro lado da câmara – Ai Jack!!! Volta para mim que se está mal aqui…
As horas todas cruzadas: O João, exorcizado, liberta-se do amigo e incorpora o Kazoo; a Susana materializa a música e põe o violino a arder; o Jorri, de mãos nas teclas, mangas curtas, insiste em combater o Inverno que lhe chegou; o Miro que volta a saltar para o outro lado da sala e deixa a plateia a rir; a Daniela que apanha o mesmo comboio, passa para o outro lado da janela e se junta ao trio a fazer estalidos; e a Ni… que empresta, mais uma vez, o coração.
Mais uma viagem pela frente e a especialíssima sensação de que nas paredes daquela casa não deixámos nada senão Segredos e que os frutos dessa sabedoria se colherão, a qualquer dia, numa qualquer outra mesa de cozinha.
Obrigada!
Nota: Como vegetariana que sou, não partilho deste anseio de ver o coelho cair na panela. Contudo, adoro refogados, e julgo que, tão cedo, não voltarei a saborear o prazer de ver tantos tubérculos juntos a perder a casca.
SofiaSilva
It happened on a full moon day that kept resisting Winter’s arrival… We started out with Johnny, in the kitchen, showing his feet, and Susana exhibiting a super nutrient dose of good morning humour. We knew the time had come to return the keys to the house where we shared each others for the past few days. A burden indeed, still I prepared myself for a journey of photographs that I kept missing.
The light changed our courses… the light??? Was it her? The fact is that, like the devil’s paths, I ended up in the silence of a cold room and on the other side of the camera – Oh Jack!!! Come back to me, it’s hard in here…
The hours kept changing: Johnny, exorcized, liberates himself from his buddy Jack and incorporates the Kazoo; Susana turns music into matter and burns down the violin; Jorri, his hands on the keyboards, his slivers up, insists on fighting the Winter that arrived to him; Miro returns to the other side of the room and makes us laugh; Daniela enters the same train, goes over to the other side of the window and joins the trio; and Ni… that, once again, borrows her heart.
Another trip ahead and this very special feeling that nothing was left on the walls of that house besides Secrets, and the fruits of that Wisdom will be enjoyed, any day, anytime, in some other kitchen table.
Thank you all!