Vamos por entre montanhas entre paisagens de D. Quixote renovado. Os olhos estranham o metal plantado entre as árvores. Mas o destino é diverso. Há uma estranha sensação – tão estranha de familiar. Há um rio que aqui passa entre as árvores que o envolve nos seus braços. Agora não, mas um pouco mais acima, ou atrás, a corrente parece acorrentada às raízes delas. Em instantes fico mais próximo do outro D. Quixote – de quando em vez parece-me que temos de nos afastar tanto de casa para enfim a ela retornarmos. O sol que aqui vai caindo por detrás dos pinheiros bravos sela este acordo de regresso. Então há que fugir porque se regresso não volto.
Como num sonho.
João Rui
Like in a dream – we move along through mountains that are landscapes of a renewed D. Quixote. The eyes are strangers to the metal planted between the trees. But here destiny is different. There is a strange sensation – so strange of being familiar. There’s a river here that moves along the trees that wrap it in their arms. Not now, but further up ahead, or before, the stream seems tied to their roots. In an instant I’m closer to the other D. Quixote – sometimes I feel that we have to move so far away from home to finally return to it. The Sun here that is falling behind the wild pine trees ties this contract f returning. So I must run because if I return I won’t come back. Like in a dream. Joao Rui
Como num sonho.
João Rui