março 11, 2009

café concerto :: teatro virgínia :: 7/Março

Não têm estado acorrentadas, mas ainda não puderam voar. Não estiveram amordaçadas, mas as paredes da casa azul são demasiado largas para se fazerem ouvir cá fora (excepção ao vizinho Alcides da moto-serra). As canções, sempre as canções. A ansiedade tem sido tanto delas como nossa, mas nós temos a razão, elas a loucura, se nós sonhamos, elas são o próprio sonho. Por isso, temos tido o cuidado de ter sempre as portas e janelas fechadas… até ao passado sábado! Fomos muito bem recebidos em Torres Novas, no Café Concerto do Teatro Virgínia, por quem nos abriu as portas do espaço, por quem nos serviu um delicioso jantar bem regado a tinto, por quem fez viagens de longe para mais uma vez nos apoiar, por quem nos sorriu, à distância e timidamente, mas que estava ali para nos ouvir. Além das canções, levámos os novos instrumentos, o contrabaixo, o piano, o cajón, o ukelele. Arrisco falar por todos e confessar que o nosso peito foi, nessa noite, uma imensa caixa de ressonância!

susana

















© Hugo Narciso

They have not been in chains, but they haven’t been able not fly. They were not muzzled, but the walls of the blue house are too wide for them to be heard outside (all but for our neighbor Alcides’s chainsaw). The songs, always the songs. The anxiety has been so much from them as it has been ours, but we have reason, they have the madness; if we dream, they are dream itself. Therefore, we have been careful to keep the doors and windows closed ... until last Saturday! We were very well received in Torres Novas, the Café Concert Theater of Virginia, who opened the doors for us and who served a delicious dinner, watered in red. Those who traveled from far to support us again, smiled at distance and timidly, but they were there to hear us. Besides the songs, we took some of our new instruments, the upright bass, the piano, the Cajon, the ukelele. I venture to speak for all and confess that our heart was, that night, a great resonator box!

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