junho 30, 2009

o lobo das neves e a casa azul

olá, alcateia, venho por este meio agradecer-vos por todos os fantásticos momentos que já me proporcionaram, se a descida da montanha em direcção ao vale cortado pelo mondego foi em tempos um risco ou uma incerteza, é agora uma aposta ganha virada para o futuro. Neste mesmo vale encontrei pessoas como eu, dedicadas, humildes e com o BLUS dentro delas :D! Achei na casa azul um novo covil de inspiração, um novo lar e uma nova familia, enfim ... este é o balanço do primeiro trimestre junto da alcateia parece que foi há uma eternidade, mas não ... passou-se foi muito em apenas 3 meses!

obrigado por tudo haauuuuuuuuuuuuuuuuu
ManeThe wolf of the snow and the blue house
Hello Pack, I come through here to thank you for all the fantastic moments that you have given me. If coming down the mountain directed to the valley that's cut by the mondego was in times a risk or an uncertainty, now it's a won bet, turned to the future. In this same valley, i've found people like me, dedicated, humble and with the BLUS inside them :D! I found in the Blue House a new den of inspiration, a new home, a new family, oh well... this is the balance of the first quarter together with the pack. It seems like it was an eternity ago, but no... it was just that so much happened in only 3 months. thank you for everything
haauuuuuuuuuuuuuuuuu

Mane

junho 25, 2009

A Casa Azul #0

Mano bebé

Hoje é um dia como outro qualquer.

Hoje é dia de S. João.

E isto depois de um fim-de-semana comprido, demasiado comprido: com mais segundos do que horas e menos tempo que espaço.

Se o sábado foi da minha ausência para as bandas do mar azul, o domingo foi o de abraçar o azul da casa; De lhe dar novas recordações e lhe agradecer mais uma vez a discrição - sempre que vamos embora parte de nós fica lá dentro. E agora que o tempo passa tão veloz, só tenho a nitidez de anos longínquos que esparsamente me vêm visitar. Agora talvez mais. É a vontade de querer seguir em frente sem nada deixar para trás - eu tenho medo do que posso deixar para trás. E sei que devia ter sempre tudo preparado para partir ainda hoje. Mas se tudo o que somos é passado e promessa de futuro, se eu partir hoje não levo de mim senão promessa de tudo e recordação de nada. E eu tenho medo do que já deixei para trás.

Contou-me a minha mãe que hoje é o aniversário da casa azul: eu tinha seis meses e tudo era promessa.

E hoje que é um dia como outro qualquer

E hoje que é dia de S. João

A casa canta baixinho a voz que eu perdi.

JoaoRui


Blue House # 0
Today is a day like any other.
Today is St. John’s Day
And this after a long weekend, too long: with more seconds than hours and less time than space.
If Saturday was of my absence to the side of the blue sea, Sunday was to embrace the blue of the house; to give her new memories and thank her again for her discretion – whenever we leave, part of us remains inside. And now that the time passes so fast, I can only remember well the distant years that sparsely come to visit me. Maybe more now. It is the desire to want to move forward leaving nothing behind - I'm afraid of what I might leave behind. And I know I should have everything ready to go today. But if all we are is past and promise of future, if I leave today I’ll take from me but promise of everything and memory of nothing. And I'm afraid of what I already left behind.
My mother told me that today is the anniversary of the Blue House: I was six months old and everything was promise.
And today that is a day like any other
And today that is St. John’s Day
The house whispers softly the voice that I lost
JoaoRui

junho 17, 2009

A Casa Azul #5 (by Flávio Torres)

Dia 10-06-2009 Quarta-Feira
Deixo a Beira Interior com destino à casa do lobo, um sol desmaiado acompanha-me nesta viagem curta e expectante rumo a oeste. O asfalto traça as suas linhas a 140Km h seguindo um desenfreado labirinto de vegetação, duas horas depois avista-se a cidade que me espera, “Coimbra”. Após alguns quilómetros, o lobo uiva sem luar e a casa azul surge por entre um terreno verde quente e idolatrável. Ali uma agitação frenética invade todos os presentes, uma equipa prepara o teledisco “Red Pony”, outros aventuram-se em arrojadas tarefas de bricolage, pintura, carpintaria, enfim… a casa azul transforma-se ficando cada vez mais azul. Prepara-se um Churrasco no qual o João é mestre a adicionar um tempero bem picante e acompanhamo-lo com cerveja fresca saborosa. Os trabalhos na casa continuam durante a tarde, no primeiro andar monta-se um mini-estúdio acolhedor num quarto sereno, para que se comece a gravar “The Hill Sessions”. Lá em baixo o frenesim continua dedicado a pormenores, ao cenário do teledisco, e em som ambiente toca um disco de Eels, a música que toca é “Flyswatter”.
O cansaço é notável em todos, pois a meia-noite já se fez soar. Decidimos deixar a casa azul e procurar um recanto que nos sacie o estômago… amanhã é outro dia de magia onde o covil do lobo enfrenta novos desafios.

Dia 11-06-2009 Quinta-Feira

Hoje o dia é quente e sereno, são 11:30 da manhã e encontramo-nos a caminho da casa, é uma viagem de meia hora cheia de boa disposição, com o cheiro do passado que acolhe aquela estrada. Por ali passam pessoas sem modas, que transpiram nos seus passos sem pressa e com remanso. Chegados ao covil, Jorri já se encontra por lá inquieto nas arrumações e limpezas necessárias ao conforto da alcateia, na sala do cenário discutem-se ideias e trocam-se pensamentos elaborados e eu dou uma vista de olhos num Harmonium que se distingue na sala de ensaio, “que som encantador !!!” . O cheiro a churrasco e especiarias invade o nosso apetite e juntamo-nos todos na cozinha para uma boa refeição, o picante está no ponto (João, é assim mesmo!). Seguido de um café, acompanhamos uma abonada bagaceira que nos deu vaidade para comentar o trabalho ali exercido. No decorrer da tarde, dedico o meu tempo a “The Hill Sessions”. A Susana regista o som do seu violino, executando um tom doce/melodioso com um vibrato arrepiante que me deixa iluminado e com poucas palavras. O comboio passa lá fora e os cães acompanham o seu ritmo, ralhando a sua pressa. Por entre a janela, a noite visita-nos o tempo passa a correr….

Dia 12-06-2009 Sexta-Feira
Neste dia, eu e o Mané dirigimo-nos para a casa azul já no final da tarde, com o intuito de por ali pernoitar e trabalhar numa enorme sessão de gravação. Ao chegarmos lá, os afazeres continuavam - João, Jorri e Susana, entre todos os elementos da equipa de filmagem, lá estavam, dedicados às tarefas que o lobo lhes tinha incutido. Após uma boa refeição e um bom dedo de conversa com todos os ajigsawianos, eu e o Mané aportámos no 1º andar para iniciarmos a sessão, o objectivo era incluir percussões e ritmos ao que já estava feito. Entre sons e pormenores criativos, tragávamos gin cola para que o feeling permanecesse daquela forma por muito tempo, e take após take o resultado ia ficando espantoso, fumávamos cigarros atrás de cigarros com um raiar de contentamento. 6 da manhã, o comboio passa, os cães e outros animais ficam agitados com o nascer do dia, ouvem-se já passos no outro lado da estrada. Nós estamos contentes e esgotados, assim como as paredes da casa azul, reclamamos de um bom descanso. Mesmo ali ao lado temos os nossos colchões improvisados a uivarem por nós, não tivemos tempo para mais qualquer tipo de comentário, o sono invadiu-nos completamente…mas lembro-me que dormi feliz.
Dia 13-06-2009 Sábado
Acordámos com um bater penetrante na porta principal de madeira esgotada, olhei para o relógio e passava pouco das 11. Pensava para mim que a minha jornada por ali estava a terminar pois era o meu último dia. Enquanto batiam, uma voz chamava por nós, era o João e o Jorri, já prontos para mais um dia. O Mané desceu para lhes abrir a porta, pois a chave tinha ficado em nossa posse, eu fiquei um pouco mais para acordar em mansidão, aproximei-me da janela e deslumbrei a vista da manhã com um sol radioso. Mais tarde chegou a Susana e o Zé Pedro e por ali almoçámos os seis, pacificamente auxiliados de um café conduzido por uma aguardente e algumas experiências numa resonator. Este sábado dedicámo-lo praticamente a “The Hill Sessions”, Susana inclui mais um instrumento com um som brilhante idêntico a um sino e após essa adição despedi-me do seu encanto. Depois de acomodarmos uma cervejas, João faz magia com a sua voz quente num cover de Johnny Cash e incluímos também harmónica num tema de Bob Dylan. Enquanto a tarde avançava divertiamo-nos muitíssimo com alguns takes interessantes. Cá em baixo Jorri dedica-se à cozinha, presenteando-nos um jantar fabuloso e criativo que fica em segredo (só ele sabe a receita), este assistido por um bom vinho. Ali ficámos os quatro calmamente a provar um conjunto de sabores e a tagarelar sobre vários temas da actualidade, música e leilões… Antes de sair da Casa Azul, passeio pelas suas divisões e transmito para elas o desejo de voltar, Depois disto verbalizo um adeus, um até já, um até sempre. Despedimo-nos com um abraço e com a certeza que mais momentos destes irão surgir. Na memória ficam os bons momentos, as boas pessoas que por ali conheci, a amizade e a música.


A todos vós um desmedido obrigado.
Até breve (rock n roll) !!!
Flávio Torres


A Casa Azul #4

a primeira vez que vi o flávio "tratar da saúde" a uma guitarra, ele partilhava o palco com o nosso mané. lembro-me de pensar "mas onde raio está o resto da banda?!!!" dois tipos em cena, um na guitarra, voz e pratos de choque, o outro no baixo, bombo e tarola, e muita energia, muita cumplicidade, muito rock naquelas veias!! :D lindo!!

na semana passada, o flávio esteve em retiro criativo na casa azul que mais uma vez revelou ser exímia a urdir teias ... as de aranha e as outras, as que se refugiam no pretexto da música para apertar laços...



podem ouvir o flávio

aqui http://www.destilart.com/
e aqui http://www.myspace.com/2duques

;)

Susana

junho 13, 2009

A Casa Azul #3

Chego de manhã. Agora a Casa é um caixote de surpresas com céu e terra lá dentro. Mostram-me as traves mestras, que afinal são de cartão e repenso a história da família que tomou estas paredes de assalto... como se têm vindo a recriar!

Quatro da tarde e as nuvens entram em casa. Cheira a carvão e na mesa estendem-se as dúvidas para mais uma refeição. Esta família vive numa estação imaginária e degusta as gotas que caem como se de um sopro húmido se tratasse...

Agora é Verão. O João pensa no par de calções que vai vestir amanhã. Pensa que a Casa guardará esse segredo.
Agora é Primavera. A Susana pensa nos sapatos que lhe pode oferecer amanhã. Pensa que a Casa agradecerá o presente.
Agora é Inverno. O Jorri pensa nas paredes que tem de voltar a cobrir. Pensa que a Casa beneficiará do conforto.
Agora é Outono. O Mané pensa em despir os telhados para deixar a luz entrar. Pensa que a Casa compreenderá a confiança.

Finalmente de volta, reunidos numa mesa de cozinha. Há cebolas, feijões, abóboras e laranjas à disposição e todo um leque de culturas em fase de plantação. Fala-se do barulho dos instrumentos, dos sons que se registam em silêncio e a Casa insiste em ser o futuro, em dar as respostas que não sabemos querer.

Há quem pinte paredes para creditar o passado, outros há que pintam portas para depois as usar. A lua acende-se antes da noite e a Casa respira de alívio quando percebe que somos mais do que o que trazemos. Eu tomo o ar de volta e abalo. Em jeito de nota lhe explico que sou como gotado de resina de vida que também sei que ela tem.

SofiaSilva

A Casa Azul #2





junho 09, 2009

A Casa Azul #1

Esta semana vai ser inteiramente dedicada ao covil. A ultima vez que a casa viu tantas pessoas de uma só vez eu ainda não tinha suficiente passado para ter memória dele e o presente era uma prenda que agora eu sei que vai ser a minha companhia quando os dias anteriores forem demasiado brancos para deles eu me querer recordar.

Encostado à porta que dá para os lados da cerejeira que já não está lá, ouço os meus passos que aqui passaram no umbral ao regressar a casa; da voz da minha mãe a chamar de longe com uma voz mais parecida com a minha do que esta, do sorriso do meu pai a preencher cada um dos lados do horizonte e dos caules das flores a roçarem nos meus pés.
Devem ser estas lágrimas as que a inocência conhece.

Junto às traves mestras da casa, estas memórias vão-se tornando companheiras da nossa família que agora se une através dos mesmos acordes.
E não há silêncio no esquecimento, há apenas silêncio. E estarmos aqui dentro hoje, as memórias não se calam e já encontraram caminho até mim, até nós e até ao Lobo que nasceu aqui.

JoaoRui

The Blue House #1
This week will be entirely devoted to the den. The last time the house saw so many people at the same time I had not enough past to have memory of it and this was a gift that now I know will be my company when the preceding days are too white for me to want to remember them.
Leaning against the door that leads to the sides of the cherry tree that is no longer there, I hear my steps that passed the door back to the house,; the voice of my mother calling from far with a voice more simillar to my own than this one , the smile from my father filling each side of the horizon and the stems of the flowers rubbing against my feet.
These should be the tears that innocence knows.
Along the cornerstone of the house, these memories become companions of our family that now joins through the same chords.
And there is no silence in oblivion, there is only silence. And we being here today, the memories are not silent and have found their way to me, to us and to the Wolf who was born here.

junho 08, 2009

Gaia

Foto Cátia Gusmão 2009


Regressamos ao norte em fragmentos. Primeiro os 4, depois os dois, de seguida os 3 e por fim apenas os dois, mas a chuva, essa esteve sempre presente.

Desta feita, que apenas eu e o jorri estivémos presente, levámos os ecos dos anos passados; da raíz de todo este delírio. Só que agora vamos mais sós, porque a alcateia já é fruto de outras veias que se entrelaçam nas nossas: se a mim me falta uma das mãos, ao jorri falta um dos pés.
Os blues vão unindo a distância.
miss you my boys.

p.s. sem esquecer claro de dar os parabéns à rita que irá receber as cartas do barqueiro em casa, de mandar um beijo para a cátia, para a sara e respectivas companhias e um abraço para o Ivo.
Need some gospel for the ride?

JoaoRui

Gaia
We're returning back to the north in fragments. First, us 4, then 2, after that the 3 and finally only the two of us; But the rain... she was always there.
This time, that only I and jorri were present, we took with us the echoes of the old years; the root of all this delirium. Only now, we are more alone, because the pack is the fruit of other veins that are are intertwined: If i lack one of my hands, jorri is missing one foot.
The blues are joining the distance.
miss you my boys.
p.s. Let's not forget of course to congratulate rita for her birthday,who'll receive the boatman's letters in her house, to send a kiss to Catia, to Sara and their companies and a hug for Ivo. Need some gospel for the ride?

junho 02, 2009

Lisboa, Lisboa (Alfragide e Cascais)





(clique nas fotos para ampliar)

Há um lobo em cada um de nós; ou pelo menos um segredo que pertence apenas a seu dono.

Em cada concerto é como se fôramos uno com os olhos que nos esperavam e largássemos dos segredos as nossas mãos.

É o tempo suspenso que habita entre acordes e na cumplicidade das palavras. Quando nos separamos fica sempre parte de nós para trás e que apenas iremos conseguir reencontrar um pouco mais adiante. Acho que vamos reforçando uns laços e criando outros novos – e assim vamos ficando enlaçados com meio mundo.

Voltamos sempre com uma mão cheia de imagens:

- Os soaked lamb a tocar na “Geraldine” (Gito, quando chegares a terras germânicas, envia endereço para que o Jack não se perca até ti).

- O Antonio Pires à porta do Alegro em Alfragide numa conversa da Petra, que agrilhoou a família a 2 musicas nossas .

- O Zé e o Len que chegaram, como de costume, atrasados, mas a horas..

- A Sardinha em Paço de arcos que foi espancada da brasa até ao meu prato.

- O sono que vem por vezes cedo de mais, excepto para o Jorri

- O johnny, o Claudio, a Eduarda, o Luis e o António Coelho no calor de Cascais.

Vamos embora de alma cheia e de segredos ainda mais pequenos

JoaoRui

Lisboa, Lisboa (Alfragide and Cascais)

There is a wolf in each of us, or at least one secret that belongs only to its owner.
In each concert it’s as if we were one with the eyes that expected us and we took our hands off our secrets.
It is the suspended time between chords and the complicity of the words. When we part we always leave a part of us behind that we will only find later in time. I think we strengthen some ties and create some new ones - and so we are being linked with half a world.
We always have a handful of images:
- The soaked lamb playing in the "Geraldine" (Gito, when you get to Germanic lands, send the address so Jack can find you).
- Antonio Pires at the door of Dolce in Alfragide in a conversation about Petra, who imprisoned his the family to 2 of our songs.
- Ze and Len who arrived late, as usual, but in time...
- The Sardine in Paço tde Arcos that was beaten from the fire to my plate.
- Sleep which is sometimes really quick, except for Jorri
- Johnny, Claudio, Eduarda, Luis and Antonio in the heat of Cascais.
We go with a filled soul and even smaller secrets…


Porto e Braga - O Beco

Este foi um fim-de-semana de amigos; a direcção foi a norte, ao albergue do nosso amigo Jaime, onde nos esperava debaixo de uma chuva teimosa.

O lobo foi recebido com uma iguaria secreta do Jaime: uma receita especial oriunda de experiencias deste nativo: é uma bebida chamada “Beco”, tal como o albergue: oriunda do mel e outros segredos insuspeitos.

Já não me recordo se durante o concerto chovia como à tarde – com algum vagar o beco encheu-se de pessoas que se aglomeraram num espaço não maior que o que o nosso olhar abarcava.

Foi assim que lançámos o lobo à multidão… sequioso.

Foram cravadas flores nas paredes e velas em redor, mas desta vez não pudemos contar com o nosso lobo da neve (marco silva) que se ausentou para as bandas da Beira.

Depois destas festividades ainda houve tempo para passear a noite de Braga, para ouvir os sinos de outros tempos e as ruas apinhadas de memórias que agora também trazemos nos bolsos.

Domingo rumámos a Matosinhos à Fnac do Norteshopping onde reencontrámos 3 boas amigas e uma família que também acolheu o lobo no seu seio e se tornou alcateia.

Estes dias são tão curtos, mas a estrada é tão longa…

Um dia destes trazemos todos os membros desta alcateia de volta para o nosso covil…

Agora que o sono se apodera dos músculos, regressamos a casa…

JoaoRui

Porto & Braga – The “Beco”

This was a weekend of friends; the direction was north, to the shelter of our friend Jaime, where he was expecting us under a stubborn rain.

The wolf was received with a cheer of Jaime’s secret sweet: a special recipe derived from his native experiences: it is a drink called "Beco" as the place itself: made of honey and other unsuspected secrets.

I no longer remember whether it was raining during the concert as it was in the afternoon. Pouring… - slowly, the “Beco” was filled of people who crowded into a space not larger than what our eyes could see. It was like this that we sent the wolf to the crowd... thirsty.

Flowers were sown to the walls and candles were lit all around, but this time we could not count with our snow wolf (Marco Silva) who had to part to the Beira.

After these festivities we still had time to walk the night of Braga, to hear the bells of other times and the streets crowded with memories that we now bring in our pockets.
Sunday we left to the Fnac of Matosinhos where we met again 3 of our good friends and a family that also received the wolf in their midst and became part of the pack too.
These days are so short, but the road is so long..

One of these days we will bring all members of the pack back to our den ...

Now that sleep seizes our muscles we return home...